terça-feira, 19 de maio de 2009


Já pensou como seria ter o motor de uma moto esportiva no corpo de uma touring? Pare de pensar, porque a Yamaha FZS Fazer 1000 é exatamente isso: motor da YZF 1000, a lendária R1, devidamente "adoçado", com "apenas" 150 cv (a R1 com este motor produzia 172 cv), num chassi levemente touring, ou seja, uma moto estradeira com um toque de esportiva. Só de olhar já se percebe que não se trata de uma touring comum. Os "olhos" amendoados são da R1 e impõem respeito, mas o guidão quase plano apoiado sobre a mesa superior, devidamente amortecido por coxins de borracha, mostra que a esportividade está vestida para passeio.

A Fazer 1000 nasceu em 2001 com base no motor da R1, devidamente "rebaixado" para 143 cv. Agora a Fazer ganhou mais potência, chegando a 150 cv, com suspensões totalmente reguláveis e pequenos acertos para deixá-la pronta para brigar com as sport-touring do mercado, como Honda CB 1300F, Suzuki Bandit 1200, BMW K 1200 RS, Ducati Mosnter S4R e Triumph Speed Triple 1050.

O primeiro choque é visual. Ela é muito parecida com a R1 e bem menor do que parece nas fotos. Se fosse colocada ao lado da nova Honda CB 1300F (DUAS RODAS 382) a FZS pareceria uma 600! A distância entre-eixos (1.450mm) é apenas 350 mm maior que a da R1, e no comprimento total (1.120 mm) é 650 mm maior que a esportiva. O painel segue a tradição esportiva da Yamaha, à esquerda o velocímetro digital (além de marcador de gasolina e hodômetros) e ao centro o conta-giros analógico com faixa vermelha a 11.500 rpm. Interessante observar que aos poucos os fabricantes abandonam o display digital para o conta-giro, porque é de leitura mais difícil que o velho e bom ponteiro. Nos comandos, a única surpresa é a embreagem por cabo, enquanto a maioria das 1.000 cc hoje usa acionamento hidráulico.

Jeito de quem vai correr
O funcionamento do motor Four (quatro cilindros em linha) é silencioso. Uma das funções das sport-touring baseadas em esportivas - além de aumentar a gama de modelos - é justamente reaproveitar motores que ainda têm muito a oferecer. Foi isso que aconteceu com a FZS em relação à R1. A superesportiva R1 usou até 2006 um motor de cinco válvulas por cilindro. Em 2007, a R1 adotou nova mecânica, com quatro válvulas por cilindros. Assim, o motor de cinco válvulas ficou para a Fazer 1000. O que é muito bom, já que ele terá uma longa vida pela frente

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